quinta-feira, 17 de março de 2011

MESMICES


IMAGEM GOOGLE

MESMICES

Não me quero ver outra vez desperto
Em mais outra manhã de duvidoso astral
Se o dia que está à minha espera
É tão igual
Se a mesmice da casa vazia
Silenciosa
Tristonha e tão fria
Já faz parte do normal!

Prefiro os pesadelos
Da noite mal assombrada
Das correntes arrastadas
Do ranger das portas
Dos passos na escada
Prefiro o suor frio
O calafrio
Na madrugada!

É tudo deprimente
O cotidiano e o marasmo
O cinismo e o sarcasmo
O riso pétreo
Das pessoas
Moldado e permanente
É tudo tão inerte
Mas ao mesmo tempo
Tão urgente!

É tudo tão desprovido
De sentido
Como deve ser acordar de um sonho
Sem ter dormido
Ou fechar de vez os olhos
Sem ter vivido!

Um comentário:

  1. Excelente trabalho mestre, está uma beleza... Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...

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