quinta-feira, 28 de abril de 2011





                                        A VOLTA TRIUNFAL DO DELUBIO


É manchete de jornal
Já deu na televisão
Tá de volta ao pedestal
O pivô do mensalão
Ao Partido do Trambique
Onde o ladrão é mais chique
Rouba mas não suja a mão!

O Lula deu carta branca
Para o seu ex-tesoureiro
Voltar de mala e tamanca
Pra banca de trambiqueiro
É o prêmio mais recente
Para o silêncio indecente
Que vale mais que dinheiro!

Depois de João Paulo Cunha
Na Comissão de Justiça
Deixar Delubio de fora
Pra Lula é uma injustiça
Pois o seu ex-tesoureiro
Gosta tanto de dinheiro
Como urubu de carniça!

E o Delubio vai voltar
Mesmo que seja na marra
Quando o bicho ia pegar
Ele segurou a barra
Foi expulso do partido
Ficou só, como bandido
E os outros fizeram a farra!

O seu silêncio profundo
Manteve o presidente
Se bota a boca no mundo
A coisa ia ficar quente
Mas porque ficou calado
Pode até ser deputado
E está todo sorridente!

Pois bem mais do que ser rico
O que importa é o poder
Mas se ele abre o bico
Tudo pode acontecer
Pois até ex-presidente
Pode ir ver de repente
O sol quadrado nascer

Se o Delubio abre o bico
E dá a mão à palmatória
Pode crer, haja penico
Para o outro lado da historia
Pois debaixo do tapete
Vai ter merda pra cacete
Das cagadas dessa escória!

Disso tudo já sabemos
Mas agüentamos calados
Pois a coragem que temos
Não vale nem um trocado
Eles roubando o país
E a gente rindo, feliz
Gostando de ser roubado!

Se você é da panela
Ou no poder tem parente
A sua vida é mais bela
Mesmo sendo indecente
Leva a vida na bonança
Na farra e na gastança
Com o dinheiro d’agente!

Mas se vive com o povão
Sua vidinha de gado
Mal sabe do mensalão
Que ainda não foi julgado
E que o Delubio de quem falo
Não passa de um vassalo
De alguém mais abastado!

Eu pensei ter visto tudo
Cinismo e cara de pau
Mas a audácia do barbudo
É um caso policial
Mais que deboche é uma afronta
De quem se julga e se conta
Acima do bem e do mal!

Até quando assistiremos
Tudo de braços cruzados
Até quando elegeremos
Mensaleiros deputados?
Digamos não aos ladrões
Pois somos nós os patrões
Eles que são empregados!

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